Infelizmente Itapetininga não tem essa sorte, nosso patrimônio arquitetônico está cada vez mais reduzido e deteriorado.
Na contramão de outras cidades, os últimos governantes municipais não se importaram com nosso patrimônio, que poderia ser preservado e ser fomento para o turismo, com geração de trabalho, renda e enriquecimento cultural.
Tivemos um enorme potencial para isso, mas que foi Indiscriminadamente derrubado, sem estudos de ordem histórica, arqueológica e de viabilidade turística.
Patrimônios esses que não voltam mais, viraram estacionamentos, prédios comerciais e até terrenos baldios.
Temos poucos ainda em pé e quem sabe o próximo governo consiga dar a devida atenção e valor para eles, seguindo o exemplo de outras cidades.
Destacamos aqui a cidade de Iguape-SP, um exemplo de respeito pela história e patrimônio.
Diversos casarões foram restaurados nos últimos anos e recentemente foi a vez do Sobrado dos Toledos.
“O Sobrado dos Toledos foi construído no século XIX para ser residência de José Carlos de Toledo, importante cidadão na época. Já em 1931, seus herdeiros decidiram doar o prédio ao Santuário de Iguape, com objetivo de abrigar romeiros durante as festas do Bom Jesus. Após anos de diversos empreendimentos e pouca manutenção, o sobrado estava em ruínas. Iguape é uma das cidades mais antigas do Brasil, e possui diversas atrações culturais e ecológicas. Logo, o turismo representa grande importância econômica para a região. Sem dúvidas, a obra de restauro do sobrado dos Toledos agregará imenso valor ao conjunto histórico da cidade.
Em conjunto com a obra de restauração do Sobrado dos Toledos, foram realizadas escavações arqueológicas. O intuito foi resgatar informações importantes para a história da cidade. Os materiais são descritos em trecho de reportagem publicada pelo jornal Tribuna de Iguape: “
As camadas escavadas retratam um período de ocupação intensa que revela o auge econômico da cidade de Iguape, retratado por moedas do fim do império, tinteiro de grés, fragmento de escova de dente confeccionada em osso, cachimbos, variados fragmentos de porcelana e cerâmica, frascos inteiros e frações de vidros de perfume e remédios, ainda uma coleção abundante em botões, cuja a matéria prima se traduz em osso, vidro e madrepérola, além de um brinco de prata.” Ainda segundo a matéria, os objetos refletem mudanças do pensamento e comportamento social. Os objetos são exemplos da tendência de civilidade metropolitana, originada da burguesia europeia.”
Fonte: Projete construtora.