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Rua Prudente de Moraes, 716 - Itapetininga - SP, 18200-040

Transcrição de texto de Maria José Strasburg, aluna do segundo ano da escola complementar de Itapetininga, constante na pesquisa de Andre Luiz Bertolai para apresentação de tese de mestrado sobre a escola complementar de Itapetininga.

(Tribuna Popular, Ano XI, nº 443, de 28 de agosto de 1897)


O Rio Itapetininga é um dos mais notáveis affluentes do Rio Paranapanema.

Nasce na Serra do Mar, correndo quase todo o seu leito por vastas campinas, passando a Noroeste da freguezia do Pilar onde atravessa algumas mattas, e tomando direcção a Oeste; depois de pouca distância d’aquella freguezia recebe o Ribeirão da Lavrinha e o Capivary.

Passa distante desta cidade 7 kilometros, onde fica o pictoresco bairro do Porto, por onde passa a estrada da florescente cidade da Faxina. Ahi é sua largura de 21 metros, tendo a profundidade de 1 metro e 70c. pouco mais ou menos, isto é, quando estamos na estação denominada secca. Encontram-se neste ponto muitas canôas, batelões, barcas, que são sempre visitados pelos amadores da pesca, que alli vão sempre para esse fim.

D’ahi para abaixo o Itapetininga encontra-se com o ribeirão denominado da Ponte Alta que é formado pelo Ribeirão dos Cavallos ou Da Serra, e pelo Taboão, os quaes banham esta cidade e fazem barra perto da serraria do Sr. João Adolpho.

Ha no rio, perto da fazenda do Cel. Joaquim Leonel grandes paredões que attingem de 4 a 12 metros de altura, variando a largura do rio de 10 a 40 metros.

Terminando no Rio Paranapanema, ahi tem sua largura de 28 metros.

Este rio foi no anno de 1890 percorrido por uma comissão exploradora que, sahindo do Porto, foi até a barra do rio Pardo, além da cidade de S. Manoel, sendo os batelões construídos por carpinteiros itapetininganos.

Essa comissão, composta de vários engenheiros tendo por chefe o dr. Theodoro Sampaio, foi acompanhada até o Porto por grande número de pessoas.

No momento da partida subiram ao ar muitos foguetes, muitos vivas foram dados, enquanto a comissão navegava rio abaixo acenando ao longe com os lenços, fazendo suas últimas despedidas. Ao cabo de 7 meses estava terminada a viagem, voltando os exploradores por terra, porque a ida já tinha sido dificílima por causa das cachoeiras do Paranapanema.

Por esta exploração chegou-se ao conhecimento de que o Itapetininga e o Paranapanema não se prestam para a navegação, por causa de cachoeira e outras passagens.

Fonte: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/331263/1/Bertolai_AndreLuiz_M.pdf

Post Author: Alba Regina Franco Carron Luisi

Cadeira 28, patrono Fernando Prestes de Albuquerque